segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Há muito que o Bauman me tinha contaminado com a ideia de liquidez. Andava a pensá-la em relação à pátria, sobre a qual uns quantos continuam a reproduzir o que lhes foi injetado sobre ela durante o Estado Novo... Eu já tinha sido contaminado pelo Luís Cília e a sua 'Pátria lugar de exílio'. A pátria é assim. O que quer dizer que Salazar seria patriótico. Melhor: nacionalista. E não se cansava de discorrer sobre isso. Ele e os seus acólitos. Por oposição, os capitães de abril seriam uns vendilhões de Portugal. Que deram cabo da 'portugalidade' estadonovista e colocaram nas mãos do povo o destino do país, ao fazerem avançar a democracia.
Pátria. Bla, bla, bla...
Uma pátria que se preze, tem que ter quase 15 graus. Um ser encorpado, como manda a sapatilha. Pena é (dirão os essencialistas) pertencer ao Alentejo, uma coisa assim meia moura. Mas que bem! Uma coisa moura e portuguesa como as coisas portuguesas o são. Glu, glu, glu. Esta pátria soube-me bem. O travo a madeira e a frutos silvestres dá-lhe um toque assim parecido com uma coisa de fora de cá... Deixa ver... Exótica... Espera lá... Mas não era 'Pátria' que se chamava...
Lê-se no rótulo: "Pátria, sentimento alusivo às gentes do nosso país. Da Saudade, e do gosto em ser Português. Um reconhecimento às conquistas e epopeias lusitanas ao longo de séculos de história".
Estou confuso... Afinal, o que é a pátria?!

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